De acordo com a Alzheimer Portugal (2022) que se baseou no relatório da OCDE estima-se que o número de casos de demência em Portugal possa ser de 322 mil até 2037. Assim sendo é urgente compreender e intervir junto dos pacientes com este diagnóstico. Importa lembrar que a demência está relacionada com alterações progressivas nas funções cognitivas tais como a memória, linguagem e pensamento, entre outras, vinculadas a alterações emocionais e comportamentais generalizadas. A demência é diagnosticada por norma em pessoas com mais de 55 anos sendo que podemos considerar como causa questões degenerativas, vasculares, traumáticas, infeciosas, metabólicas, tóxicas e neoplásicas

Após um diagnóstico de demência, a pessoa e a sua família enfrentam um misto de sentimentos, mas não sendo possível, em muitos casos, alterar o curso da doença é possível atenuar a sua progressão. A neuropsicologia tem métodos e técnicas especificas que podem beneficiar os familiares e os pacientes com demência.

Os estudos científicos revelam que no caso de demência, as estimulações cognitivas podem serbastante promissoras para melhorar a memória, as atividades de vida diária e os sintomas depressivos. De igual modo são mencionados benefícios a nível do funcionamento cognitivo e na qualidade de vida. Neste sentido, e perante um diagnóstico de demência identificar um profissional da área é algo importante pois permitirá o desenvolvimento de estratégias que possam ajudar os pacientes e seus familiares, para que estes possam lidar melhor com esta situação. Na verdade, um profissional na área da neuropsicologia pode desenhar um plano de tratamento orientado às necessidades da pessoa com demência e família, promovendo assim a qualidade de vida no seio familiar.

Dra. Daniela Marques, Cédula Profissional, nr. 26221