Parece consensual de acordo com as evidências: Cada vez precisamos mais de ajuda psicológica, por diversos motivos. Cada vez precisamos mais, e cada vez precisamos mais cedo. Cada vez precisamos mais, mais cedo e durante mais tempo. Mas e o que fazer quando cada vez se precisa mais, mas, financeiramente, devido à inflação e outros tantos, cada vez se pode menos? A saúde mental não é saúde de segunda. O acesso aos cuidados de saúde mental não pode ser exclusivo de quem "ainda pode". Falando das implicações concretas, as dificuldades financeiras dos clientes poderão afetar o processo terapêutico de várias formas: O cliente poderá adiar cada vez mais a procura de ajuda e o início do acompanhamento. O cliente poderá ter de espaçar as sessões para uma frequência superior àquela que seria a desejável e ideal para os resultados que se pretendem atingir. O cliente poderá ser prejudicado ao nível dos ganhos terapêuticos previstos. Cuide si. Cuide da sua saúde, que é um bem-estar geral físico, mental e social.
Autoria de Jéssica Torrado, Psicóloga Clínica e da Saúde
Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses nº26690